domingo, 26 de maio de 2013






"Há esperanças que é loucura ter. Pois eu digo-te que se
não fossem essas já eu teria desistido da vida."


José Saramago

Saudades





Saudades, só portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque têm essa palavra
Para dizer que as têm.

Fernando Pessoa

Pequena elegia chamada domingo





O domingo era uma coisa pequena.
Uma coisa tão pequena
que cabia inteirinha nos teus olhos.
Nas tuas mãos
estavam os montes e os rios
e as nuvens. Mas as rosas,
as rosas estavam na tua boca.

Hoje os montes e os rios
e as nuvens não vêm nas tuas mãos.
(Se ao menos elas viessem
sem montes e sem nuvens
e sem rios ...)
O domingo está apenas nos meus olhos
e é grande.
Os montes estão distantes e ocultam
os rios e as nuvens
e as rosas.

Eugénio de Andrade

sábado, 25 de maio de 2013




Quero estar onde minha sombra estiver, se lá é que estiverem os teus olhos.

José Saramago




Cada segundo que passa é como uma porta que se abre para deixar entrar o que ainda não sucedeu.

José Saramago




O que dá o verdadeiro sentido ao encontro é a busca,
e é preciso andar muito para se alcançar o que está perto."


José Saramago




“A vida, esta vida que inapelavelmente, pétala a pétala, vai desfolhando o tempo, parece, nestes meus dias, ter parado no bem-me-quer …”
José Saramago




O mundo é tão bonito e eu tenho tanta pena de morrer.

José Saramago




"O difícil não é viver com as pessoas, o difícil é compreendê-las".

José Saramago

Verdes são os campos


 

Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.


Luís de Camões




"- Responsabilidade de quê?
- A responsabilidade de ter olhos quando os outros perderam"


José Saramago

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Romaria de S. Bartolomeu





A Romaria de S. Bartolomeu, celebra-se na Ponte da Barca de 19 a 24 de Agosto.

A noite da Rusgas no dia 23 é o momento alto da Romaria, onde os grupos (rusgas) que se formam são os protagonistas da noite dedicada às danças e cantares populares. Usando concertinas, bombos, cavaquinhos e outros instrumentos tradicionais, as rusgas desfilam pelas ruas da vila, arrastando multidões e prolongando a folia por toda a noite, com uma passagem pelo palco instalado na Praça da República, onde são presenteados com presunto, vinho e broa. Formam-se rodas de tocadores, dança-se o vira e canta-se à desgarrada em plena rua.




As Festas e Romarias são um traço típico da cultura popular e tradicional do povo português. Estas manifestações, extremamente numerosas e variadas, ocorrem por todo o país durante o ano inteiro.

Amália - Foi Deus

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Amália Rodrigues,"Nem as paredes confesso".

Fado





O fado só passou a ser conhecido depois de 1840, nas ruas de Lisboa. Nessa época só o fado do marinheiro era conhecido, e era, tal como as cantigas de levantar ferro as cantigas das fainas, ou a cantiga do degredado, cantado pelos marinheiros na proa do navio. O fado mais antigo é o fado do marinheiro, e é este fado que vai se tornar o modelo de todos os outros géneros de fado que mais tarde surgiriam como o fado corrido que surgiu a seguir e depois deste o fado da cotovia. E com o fado surgiram os fadistas, com os seus modos característicos de se vestirem, as suas atitudes não convencionais, desafiadoras por vezes, que se viam em frequentes contendas com grupos rivais. Um fadista, ou faia, de 1840 seria reconhecido pela sua maneira de trajar :


    " Usava boné de oleado com tampo largo, e pala de polimento, ou boné direito do feitio dos guardas municipais, com fita preta formando laço ao lado e pala de polimento; jaqueta de ganga ou jaqueta com alamares."

    " O seu penteado consistia em trazer o cabelo cortado de meia cabeça para trás, mas comprido para diante, de maneira que formasse melenas ou belezas, empastadas sobre a testa."

domingo, 19 de maio de 2013






"Nem todo ocupante do lugar de honra é homem honrado."
 

Provérbio português

Cozido à portuguesa





Cozido à portuguesa é um prato tradicional português. Trata-se de uma iguaria composta por uma miríade de vegetais, carnes e enchidos cozidos.

No que diz respeito aos vegetais, podem ser cozidos feijões, batatas, cenouras, nabos, couves e arroz. Nas carnes, é possível ter o frango, entrecosto de porco, entremeada de porco, orelha de porco, chispe de porco e carne de bovino de diversas partes. Nos enchidos, são típicos o chouriço de carne, a farinheira, a morcela e o chouriço de sangue. Todos estes ingredientes compõem um prato muito forte, ideal para o tempo frio do Inverno.


A forma de preparar e a combinação de ingredientes variam um pouco de região para região, apesar de ser um prato que é possível encontrar por todo o Portugal. Canal Caveira é um exemplo de uma localidade da região do Alentejo que tem como tradição a preparação do cozido à portuguesa, apresentando diversos restaurantes à beira da estrada onde é possível apreciá-lo.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Instante




Deixai-me limpo
O ar dos quartos
E liso
O branco das paredes
Deixai-me com as coisas
Fundadas no silêncio


Sophia de Mello Breyner Andresen

domingo, 5 de maio de 2013

Guardar a sete chaves



 


No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras,
sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo “guardar a sete chaves” pra designar algo muito bem guardado.



"De grão em grão a galinha enche o papo."

Provérbio português