sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Ó manhã



Ó manhã,
manhã,
manhã de setembro,
invade-me os olhos,
inunda-me a boca,
entra pelos poros
do corpo, da alma,
até ser em ti,
sem peso e memória,
um acorde só
do vento e da água,
uma vibração
sem sombra nem mágoa. 


Eugénio de Andrade

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